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O metaverso chegou no setor elétrico. O que fazer com essa informação?

A tecnologia impulsiona a eficiência e a redução de custos nas companhias em geral, e com o setor elétrico não é diferente, visto que novas ferramentas e softwares têm sido essenciais, principalmente frente a temas como a Sustentabilidade (financeira, ambiental, social, etc.).

Observando as inovações que prometem mudar a vida das pessoas, não podemos deixar de citar como entra o metaverso no setor – um universo digital que une realidade virtual e aumentada com a internet, permitindo a imersão do indivíduo em um ambiente 3D que simula espaços físicos, pessoas e ações reais, bem como a sobreposição de elementos virtuais no concreto. Não há como evitar. O tema já é discutido entre os experts da área não é de hoje. Mas como esse “novo mundo” pode influenciar no dia a dia? Hoje, já existe treinamento para eletricistas realizado por realidade virtual. No Brasil, a Enel utiliza essa tecnologia para a capacitação de profissionais, possibilitando a imersão em cenários similares a realidade diária de uma operação da rede elétrica, incluindo situações inesperadas de perigo e adversidades.

Outras tecnologias similares já são utilizadas, há alguns anos, com sistemas capazes de criar representações realistas de subestações de transmissão em tempo real, das condições operativas dos diversos equipamentos, possibilitando o monitoramento e suporte ao sistema. Não podemos esquecer do Digital Twin, o famoso “gêmeo digital”, uma réplica virtual de uma companhia utilizada para aperfeiçoar protótipos, melhorar o desempenho operacional, coletar dados, prever problemas e reduzir custos. Assim, é possível ter o melhor aproveitamento de ativos e qualidade do serviço, bem como a diminuição de quedas de energia e amplo controle da infraestrutura. Isso que é estar dentro do negócio, não? Brincadeiras à parte, é importante ressaltar que as representações criadas pelo metaverso e o Digital Twin são distintas, mas ainda assim, ambas são pautadas em universos digitais e amplificam as possibilidades de sucesso para as empresas, otimizando os processos.

Há pouco tempo, o metaverso era considerado era inovação, hoje quem não toma a frente dos seus processos tecnológicos, pode ter certa defasagem no futuro. Estabelecer fluxos cada vez mais consistentes e funcionais requer a conexão com ambientes digitais, que ampliem as possibilidades e melhorem a rotina organizacional. Mais importante ainda é reconhecer e respeitar os limites entre o real e o eletrônico, sem nunca esquecer que pessoas e suas habilidades vêm em primeiro lugar e ambos devem ser complementados para um resultado ideal.

Por mais interessante que o mundo virtual se apresente, utilizá-lo para melhorar a vivência no real nos favorece a ficarmos próximos da ampla transição energética e de uma sociedade pautada por soluções sustentáveis e inteligentes, em todos os setores.

Marisa Zampolli é CEO da MM Soluções Integradas, engenheira elétrica e especialista em Gestão de Ativos.